Conheci Ozeias de Paula! Minhas impressões pessoais dele.

Por Aleckson Marcos

Quem me conhece, sabe que sempre gostei de canções dos anos 90, pois esta foi a década em que vivi toda a minha infância. Me apaixonei pela música sob influência de meu avô, que tinha uma radiola, e do meu tio, que cantava em um conjunto da igreja e fazia um programa semelhante a um programa de rádio no início das manhãs e finais de tardes com a sonorização da igreja, que tinha um projetor em cima de um abacateiro. Ouvi muitas canções, em especial de Mattos Nascimento, Novo Som e Catedral, que estavam no auge do sucesso e faziam a cabeça dos jovens daquela época. Além disso, cantei muitas músicas da dupla Tony e Tito e, principalmente, de uma cantora paraense, a Bena, cujos registros fonográficos perdi e nunca encontrei nada na internet.

Você deve ter percebido que não fiz nenhuma referência a Ozeias de Paula pela simples razão de que não lembro de tê-lo ouvido na minha infância, com exceção de uma lembrança quase apagada de Cem Ovelhas e Soldado de Cristo, que escutei em algum lugar. Naquela década, após ter lançado o disco Mais que Vencedor (1992), quando eu tinha apenas 1 ano de idade, Ozeias “sumiu” do cenário e passou 9 anos sem lançar um álbum inédito, o que talvez explica o fato de quase não tê-lo ouvido. Mas logo no início dos anos 2000, meu avô ganhou de presente o Louvores Inesquecíveis I, a partir do qual comecei a ter contato com parte dos seus grandes sucessos regravados, sem, no entanto, ter muita simpatia com aquelas canções. Lembro ainda que por volta de 2002, quando Ozeias lançou o brilhante Confidência, algumas rádios começaram a tocar o hit Batidas do Coração, uma canção com a qual me identifiquei bastante, mas ainda assim não me fez apaixonar pelo cantor.

Em 2008, quando já havia concluído o Ensino Fundamental no interior do interior do Maranhão, minha tia Adelaide me levou para morar com ela e dar prosseguimento aos estudos na cidade. Ela, como toda a família, é apaixonada por música e tem uma coleção farta de CD’s, entre os quais estão Seleção de Ouro Vol. e II, que comprou quando o Ozeias veio a um importante evento na capital. É aqui que o Ozeias de Paula entra definitivamente na minha história, a partir daquelas tardes quentes quando ligava a radiola e ouvia repetidas vezes essas duas coletâneas. Aquilo pra mim foi uma descoberta; eu “descobri” o Ozeias de Paula e comecei a pesquisar tudo sobre ele e adquirir toda a sua discografia digital.

Nunca tive oportunidade de ir a um show ou outro evento onde ele estava, mas na última sexta-feira fui agraciado com a agenda dele em uma cidade há 110 Km de onde moro. Fui e levei a minha sobrinha de 4 anos, que é apaixonada por ele e tinha um sonho de conhecê-lo e ainda cantar com o cantor da vida dela. Mandei-lhe uma mensagem pelo Whatsapp confirmando a minha presença e que levaria a Mell para, se possível, tirar uma foto com ele.

Ozeias chega no evento. Passou por mim rapidamente que fiquei até sem ação para pedir uma foto ou uma palavra. Começou cantando A Família de Deus e o que eu ouvi ali foi um cara mais talentoso do que se ouve nos discos. Que voz era aquela, limpa, afinada, altíssima, atingindo as mesmas notas originais? Era o Ozeias de Paula de 68 anos cantando como se tivesse 30!
Vestia a camisa que tinha na estampa a clássica frase “O Amor é Tudo. Feliz é Quem Ama”, com a qual Ozeias me identificou, fazendo o sinal de que havia me reconhecido. Quando acabou de cantar o hit Mais que Vencedor, veio a surpresa: ele chamou pelo meu nome, destacando o trabalho que faço por ele no Facebook e Instagram (pra quem não sabe, sou eu quem administra o Instagram e Facebook no nome dele. Rsrsrs!). A maior surpresa veio logo a seguir: Ozeias chama a minha sobrinha para o palco para cantar com ele. Lá vamos nós pisando nas nuvens, quase não acreditando no que estava acontecendo.

 

A Mell cantou; ficamos no palco até terminar a apresentação e ao final do evento subimos pra lá de novo junto com minha irmã, meu tio, minha prima e a filha dela. Ozeias e sua esposa foram muito receptivos, acessíveis e simpáticos, o que acabou nos deixando bem à vontade para aproveitar aquele breve momento. Minha sobrinha parecia estar sonhando!

MINHAS IMPRESSÕES PESSOAIS DO OZEIAS DE PAULA

– Aquele cara que conheci é extremamente simples, mesmo que sua forma de interpretar seja muito sofisticada.

– Ele é um artista que assim não se considera e mesmo tendo gravado várias músicas de muito sucesso e sendo o principal cantor nos anos 70 e 80, é muito desapegado de mídias e aparições que não sejam suas agendas (comenta-se que ele teria recusado se apresentar recentemente no Raul Gil).

– Pela grandeza e o que representa para a música cristã, Ozeias é um artista muito acessível, que não nega uma foto, um vídeo curto e que faz questão de estar no meio do povo, autografando CD’s e tirando fotos, mesmo que haja uma fila imensa para fazer isso.

– Poucos são os artistas que oportunizam fãs como faz o Ozeias. O que ele fez com a minha sobrinha são poucos que fazem! Ele assim o faz quase que em todas as suas apresentações, sempre realizando o sonho de alguém que deseja cantar com ele.

– Por fim, Ozeias de Paula representa bem o que poetizou Milton Nascimento: “todo artista tem de ir aonde o povo está“. Nos maiores eventos, nas maiores igrejas, nas igrejinhas, nos lugares mais distantes desse país, nas grandes metrópoles da Europa e da Ásia, em cima do palco, no meio do povo, ali está ele fazendo isso com muita paixão há exatos 50 anos!

Este é nosso Ozeias de Paula!

One thought on “Conheci Ozeias de Paula! Minhas impressões pessoais dele.

  • 04/09/2019 em 17:13
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    Mesmo já tendo ciência do Ozéias a minha paixão veio através de vc # essa é uma voz q não cansa # digo atemporal 👏👏👏👏

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