O extremo do streaming?

Por Elvis Tavares

A tecnologia avança com a inteligência liberada por Deus ao homem e inevitavelmente continuará alcançando o mundo fortemente globalizado em que vivemos – tem-se a internet como fator preponderante nesse status. No mundo da música, para ilustrar, a invenção do disco de vinil foi espetacular – inclua-se aí a fita k7. No entanto, o senso (?) criativo humano trouxe-nos o disco compacto, o CD, embora alguns ouvidos reclamantes apontassem que o vinil era melhor para a captação sonora. Em ambos os casos havia grande movimento comercial e trabalhista em torno do mercado fonográfico por tudo que o envolvia. Mas a tecnologia voltou a falar-nos e impingiu-nos a música digital por meio do streaming. Se antes o usuário de música precisava levantar-se da poltrona confortável para virar o lado do disco de vinil e/ou trocar o CD, hoje basta um touch na tecla do smartphone e uma infinidade de músicas ficam disponíveis ao seu ouvido. Se antes as pessoas manipulavam o material gráfico dos álbuns e se reuniam numa roda para comentar as letras e estilos das canções, agora elas optam pela audição isolada captaneada pelos headphones (também conhecidos como fones de ouvido) e curtem sozinhos suas escolhas. Não que antigamente não se ouvisse música sozinho, mas atualmente parece que essa opção é a mais utilizada. E no que tange aos aspectos comerciais e trabalhistas citados aqui acima, estes ficaram resumidíssimos às empresas de plataformas digitais operantes essencialmente através do toque de nossos dedos. Imaginemos aqueles cantores (os evangélicos estão nesse bojo) que dependiam financeiramente da venda de seus discos…! A solução – pelo que se vê e se ouve – será reiventar o modo de sustento. Chegamos ao extremo da utilização da música com o advento do streaming? Ou será que, tal qual o movimento de vai e vem da moda, tem-se a possibilidade de o sistema fonográfico retroagir e deixar de ser retrô? Não se sabe dessa plausibilidade diante do que mostram os indícios tecnológicos. Só o tempo dirá.

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