Há 11 anos nos deixava Jair Pires

Por Aleckson Marcos

Um dos maiores nomes da música popular evangélica no Brasil nos deixou há exatos 11 anos, deixando-nos também uma vastíssima discografia de 70 discos e obras musicais que fizeram dele um mais conceituados compositores e intérpretes da nossa música.

Jair Pires, em sua bem sucedida parceria musical com sua esposa Hozana, gravou o primeiro disco em 1968 e logo cravou dois sucessos que atravessaram o século e tornaram-se duas das maiores canções populares de todos os tempos: Alma Cansada (título do LP) e Canta, Meu Povo. Após o fim da conhecidíssima dupla Jair e Hozana, o cantor formou a dupla Os Galileus com seu irmão Homero, com quem gravou alguns discos. Com o fim da segunda dupla, Jair Pires seguiu uma exitosa e ininterrupta carreira solo, gravando discos ano após ano, chegando até dois discos por ano na década de 90, onde seu reconhecimento se tornou notório como nunca antes, como conta Elvis Tavares em um artigo publicado no site da Efrata Music:

Na década de noventa alguns fatos (como se isto fosse novidade) marcaram ainda mais a vida musical do Jair Pires. Um deles foi o estrondoso sucesso alcançado por Shirley Carvalhaes, sua amiga pessoal, com a gravação de Bate coração, dele, pela multinacional Warner Music, faixa inserida no disco Quero te adorar, de Shirley.

Quando as rádios evangélicas pouco executavam as canções de Jair & Hosana, d’Os Galileus e do cantor sozinho, Jair Pires surge como um furacão nas rádios com os trabalhos O Homem Rico e Folha seca. As músicas eram tão fortes que mesmo sem a tutela de uma gravadora na produção executiva o público cantou muito ‘Eu comparo a vida de um homem sem Deus como a folha seca caída no chão…'”

Além de Shirley Carvalhaes, outros cantores de bastante conhecidos também regravaram algumas obras músicas do Jair, como Robinson Monteiro, Mara Lima e, recentemente, Banda & Voz, Missionário R.R. Soares, Gerson Rufino regravaram. Em meio a tantas regravações, como é comum no meio gospel, injustiças e desrespeitos à obra musical começaram a acontecer. São vários os artistas que fizeram releituras de canções do Jair sem lhe darem os devidos créditos, como fez Robinson Monteiro e a Banda Gerd.

Jair Pires da Silva havia sofrido um AVC ainda em 2007 e logo após se envolveu em um acidente automobilístico no estado do Rio de Janeiro, o que complicou mais ainda seu estado de saúde. Foi então transferido para um hospital carioca afim de realizar seu tratamento de recuperação  onde atualmente residia.

Dores fortes na cabeça, obrigaram Jair a realizar uma cirurgia para retirada de um coágulo de sangue no cerebelo. Para a realização do procedimento, ele previsou ser submetido a um coma induzido por cerca de 15 dias, mas a sua recuperação foi lenta e insuficiente para lhe garantir plena saúde.

Foi naquele fim de tarde do dia 12 de março de 2008 que aquele “coração companheiro” parou de bater. Chegou a hora de parar para estar com o Senhor. Morreu Jair Pires sem grandes posses, mas com uma imensurável contribuição para a música cristã.

Em 2009, alguns meses após a morte do cantor, DVD Tributo a Jair Pires foi gravado com participação de vários cantores, como Mara Lima, Júlio César e Marlene, Waldecy Aguiar, Wagner Roberto, Suellen Lima, dentre outros.

Fonte: http://www.efratamusic.com.br/conteudo.php?id=58&id_secao=3

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