Elas também brilharam com seus instrumentos musicais

Das capitais, São Paulo acolhe o maior número de evangélicos do Brasil: 2,3 milhões de fiéis. Esse número representa somente 21% da população da cidade.
Os evangélicos são, em sua maioria, mulheres (23,5 milhões e 18,7 milhões de homens), de acordo com o El País (11/2013).

Antes que qualquer um pudesse imaginar Chuck Berry ou Elvis Presley tocando suas guitarras, Rosetta Tharp, uma norteamericana casada com um pastor da “Igreja de Deus em Cristo”, que em outubro de 1940 gravou pela primeira vez quatro faixas acompanhada por uma orquestra em uma mistura de música sacra com outros ritmos e, em 1944, já dominava de forma exemplar o rock e era considerada a mãe do estilo musical por emplacar a primeira canção gospel no Top 10 da Billboard.
Ela era a exceção em uma época em que pouquíssimas mulheres podiam tocar guitarra.

Com essa pesquisa e este exemplo citado acima, venho compartilhar com você algumas informações que para a maioria das vezes passam desapercebidas em meio às bandas de musica gospel. No início dos anos 2000, por eu ter sido um locutor de certa forma revolucionário, fiz várias homenagens à algumas cantoras em minhas programações de rádio e hoje quero homenagear mulheres fenomenais que com seus instrumentos musicais, quebraram paradigmas em meio a muitos homens músicos, afinal de contas as mulheres são a maioria.

Pois bem, muitas mulheres se destacaram com vozes lindas, como Soraya Moraes no rock de sua Banda Metanoya ou ainda Tirza Silveira em algumas canções com seu esposo João Alexandre, mas quero destacar algumas mulheres que surpreenderam tocando e trago até algumas informações curiosas para quem gosta de observar detalhes das histórias.

Já no final de 1960 uma mulher inteligente, desbravadora e uma letrista de lindas canções, junto com seu esposo tocando contrabaixo, seus três filhos e uma filha (Som de Paz Cordas Mirins), que ainda pequenos já aperfeiçoavam a tocar violão e cavaquinho, a matriarca Antonia Faria Liasch (in memorian) cantava e em algumas vezes tocava bateria, algo inusitado para a época.

Janires, enquanto esteve por São Paulo no final dos anos 1970, pouco antes de partir para o RJ, tocou em vários lugares inusitados em SP, cantando e pregando o evangelho. Sua banda, além de causar espanto com percussão e bateria, tinha como tecladista a Neidinha em meio aos “marmanjos” da trupe. Neide também participou na gravação da lendária Fita k7 Rebanhão.
Quem é Neide? Vejamos a referência: Neide é filha da Tia Arlete (Igreja do Tio Cassio) que cuidou da reabilitação de Janires no Desafio Jovem, que por sua vez é mãe Cecília, chamada de Ciça, que é esposa do Brother Simion.

No início da formação da banda Cristo Salva, além dos vocais de Túlio Régis, Luciano Manga e Priscila Maciel, tinha Marcos Natália no Baixo, Walter Lopes na Bateria, Luis Garcia na Guitarra, Marcos Junior no Sax e também Ingrid Schnabel nos teclados.

Troad, além da já conhecida Pitita na bateria, tambem teve por um tempo a Rose, que nos teclados do piano embelezava as lindas canções. Rôsinha, como era conhecida, posteriormente fez parte de uma outra banda onde já havia lindos vocais femininos, a Banda Kadoshi e ela acrescentou ainda mais com seu piano.

Não precisamos de uma data específica para honrar essas mulheres talentosas, por isso desejo que esta matéria te incentive a reconhecer o valor e a importância musical não só das lembradas no artigo, mas que louve ao Senhor pela suas vidas.
Conhece alguma musicista que exerce seu talento com excelência? Nos conte nos comentários abaixo, faça você também sua pequena homenagem a essas guerreiras.

Praise the Lord
Fábio L. Fonseca

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