Cadê os Hinos Evangelísticos?

 

A música tem diversas funções e é produzida para convencer, emocionar, divertir, e etc. Em se tratando de música cristã, além do objetivos acima citados, convém destacar o destinatário, isto é, para quem a música está sendo escrita.

 

Quem ouve um pouquinho da música evangélica dos anos 70 e 80 e até mesmo produções dos anos 90, percebe com muita clareza que as letras eram destinadas a Deus, ao cristão e ao não-crente, e, neste último caso, eram os chamados hinos evangelísticos, que tinham a função de convidar o descrente a abandonar o pecado, se arrepender e aceitar a Jesus. Muitas foram as músicas lançadas com esse teor, tornando-se sucesso nacional, porém, especificamente nós últimos 10 anos, a produção musical evangélica em nosso país quase que excluiu definitivamente este último tipo de música.

 

As poucas canções de conteúdo explicitamente evangelístico não fazem mais sucesso como antes e o que hoje é popular em nosso meio está baseado apenas no primeiro e segundo destinatário, de forma que até mesmo em eventos evangelísticos (cruzadas, congressos, cultos ao ar livre) não se canta mais hinos evangelísticos como antigamente. Uma parcela significativa de um público cada vez consumidor de música gospel está sendo excluída do evangelismo em canções. Nunca se ouviu tanta música gospel entre não evangélicos como atualmente e isto se explica por, pelo menos, duas razões: a primeira é que a qualidade de produção é muito profissional, e a segunda é que, uma vez que se grava somente canções devocionais e de otimismo, então qualquer pessoa, independente de sua afiliação religiosa, consome esse tipo de música sem sem nenhum desconforto. Não se pode dizer o mesmo dos hinos evangelísticos, que, obviamente, confrontam o ouvinte, o desafia a abandonar o pecado (falar de pecado na música gospel?) e expõem a sua sujeira espiritual. Quem se sentiria confortável com esse tipo de conteúdo? Que retorno financeiro terão os cantores “que amam as almas perdidas”?

 

Exponho melhor esse entendimento abaixo. Clique no vídeo e assista.

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